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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Mitologia em Pokémon


Isso mesmo, essa é a vez dos monstros de bolso! Assim como Digimon, Pokémon também possui sua base mitológica, e eu trago-a como o novo "Por Trás do Cotidiano". Afinal, junto a Digimon, Pokémon marcou a infância de muita gente, principalmente no quesito discussões sobre qual o melhor desenho. Todos lembram-se tanto da abertura cantada por Jana Bianchi, como da logo do desenho. Após algumas semanas de coleta de dados em meus aplicativos de pokedéx, vamos à postagem.

Heracross: Assim como AncientBeetlemon, Heracross é baseado no animal chamado de besouro rinoceronte ou besouro Hércules. Seu nome refere-se à sua enorme força, fazendo alusão ao herói romano de mesmo nome, correspondente ao grego Héracles, o qual destacava-se por sua grande força.

Ho-oh: Tal Pokémon possui certa comparação com a Fênix, porém a ave lendária Moltres pode ser melhor comparada à ave mitológica. Em alusão à ave, a qual possuía penas douradas, Ho-oh é também representado da mesma maneira, quando Ash o vê pela primeira vez no primeiro episódio do anime. Assim como a Fênix, Ho-oh é uma ave de fogo, lendário guardião dos cães lendários, Entei, Raikou e Suicune.

Hypno: Esse pokémon possui analogia com o deus do sono Hipnos, pai de Morfeu. Quando necessário, Hipnos mandava seus filhos deuses dos sonhos transmitirem mensagens aos humanos por meio destes. Também punia as pessoas, mandando muito sono a elas, ou fazendo-a ficar acordada enquanto bem ele bem desejasse. O pokémon é do tipo psíquico, podendo, por hipnose, adormecer ou hipnotizar as pessoas, como acontece em um dos episódios da primeira temporada. Nos episódios iniciais, Hipnos aparece, causando sono às crianças da cidade, e hipnotizando a maioria delas. (Vale destacar que o termo hipnose também vem deste deus).

Assim como Ho-oh, Moltres é baseado na fênix, sendo mais explícita sua comparação com a ave mitológica, por possuir características muito parecidas com a fênix original. A fênix era um pássaro da mitologia grega, com penas douradas brilhantes e vida muito longa, a qual quando terminava, provocava uma combustão espontânea na fênix velha, para de suas cinzas outra nova nascer. Não existia apenas na mitologia grega, mas também na egípcia, romana, persa e outras mais.

Quilava: Sua forma e seu nome podem associá-lo à Quimera, um dos monstros da mitologia que era representado muitas vezes com cabeças de cabra, de leão e de dragão, corpo de leão e cauda de serpente. Porém, em alguns jogos, desenhos e filmes, a quimera é representada como um tigre/leão em chamas, uma forma à qual o pokémon pode ser comparado.

Rapidash: Uma espécie de unicórnio de fogo. Como já dito em Unimon, os unicórnios eram cavalos com um chifre na cabeça, e eram associados à pureza e à força. Dizia-se que o unicórnio só poderia ser domado por uma virgem, por ser pura. Talvez devido à um resquício de lenda, o Pegasus é domado por Atena, conhecida não só por ser deusa da sabedoria, mas também por ser uma das deusas virgens, ao lado de Héstia e Ártemis. Em Pokémon, essas características mostram-se quando a Ponyta treinada por Lara, no episódio 33 da primeira temporada, recusa-se a deixar que Ash cavalgue-a. Porém, após Ash conseguir cavalgá-la, ela evolui para Rapidash, tornando-se uma espécie de unicórnio.

Victini: Essa criaturinha que possui orelhas em forma de "V", possui uma analogia a ser feita com seu nome. Assim como Victor Krum, Victini daz alusão à deusa alada da vitória Niké, a romana Victória. Essa deusa  é considerada a personificação da vitória após haver lutado ao lado de Zeus na Titanomaquia. Como a deusa alada, esse pokémon consegue levantar vôo a partir de sua cauda, e também diz-se que o treinador que o possui chega à vitória, devido ao fato de este pokémon gerar infinita energia aos parceiros pokémons. Assim como um deus da mitologia grega, ele é capaz de ficar invisível e mandar visões às pessoas.


P.s.: Me desculpem pela pequena postagem, mas em Pokémon não há tantas analogias e comparações a serem feitas.


Créditos : Olympians BR

Mitologia em Digimon



Quem não se lembra dessa logo ou de alguma das aberturas? Tanto a versão japonesa cantada por Wada Kouji quanto a versão brasileira cantada por Angélica na Globo a maioria dos jovens nascidos no período de 1990 a 2000 já devem ter ouvido pelo menos uma vez a música dos monstrinhos digitais. Veiculado no Brasil pela Fox Kids e depois pelo Jetix, com certeza fez a infância de vários. E o que Digimon estaria fazendo em um blog de mitologia? Será que assim como Harry Potter, o desenho teria algo mitológico como base para alguns personagens? Pode apostar que sim. Depois de rever quatro das seis temporadas para fazer mais esse "Por Trás do Cotidiano", deixo com vocês essa postagem.

Obs.: Há algumas culturas antigas além da greco-romana.



Aegisdramon: Seu nome vem do escudo utilizado e compartilhado por Atena e Zeus em suas batalhas, feito com a pele da ninfa-cabra Amaltéia, ninfa que amamentara Zeus quando este estava em seus cuidados protegido do pai Cronos. É provável que depois seja mais utilizado por Atena, que coloca a cabeça da górgona Medusa em sua frente, após recebê-la de Teseu, que matara o monstro. Seu nome talvez venha do fato de esse digimon possuir uma forte armadura.


Algomon: Vem de Argos, um gigante criado por Hera para vigiar uma das amantes de Zeus transformada em uma novilha, uma princesa chamada Io. Zeus se compadece de Io e manda seu filho Hermes ao local para salvá-la. O astuto deus conversa e canta, até que o gigante durma, com seus cem olhos fechados. Nesse momento, Hermes decapita Argos. Para lembrar de tal criatura, Hera coloca seu nome na cidade grega de Argos e seus 100 olhos na cauda do pavão, um de seus símbolos. O digimon, assim como sua base, também possui vários olhos espalhados por seu corpo.


Alphamon: Seu nome provém da 1ª letra do alfabeto grego, por ser o primeiro dos Cavaleiros Reais, digimons responsáveis por manter a ordem no digimundo.
AncientBeetlemon: Sua forma e nome remete ao besouro rinoceronte ou besouro hércules, o qual possui tal nome devido à sua extrema força, uma alusão ao mais célebre herói grego. É um dos dez guerreiros lendários. Em Digimon Frontier, após os dez guerreiros lendários lutarem contra Lucemon (vindo de Lúcifer, anjo caído do cristianismo), todos sofreram consequências gravíssimas, não conseguindo sobreviver após ela, e liberando um digiespírito humano e outro digiespírito fera (nessa geração, o digiespírito que é utilizado para evolução).



AncientIrismon: Como o nome diz, é um digimon antigo, em Digimon Frontier tido como um dos dez guerreiros lendários, baseado na deusa mensageira Íris, filha de Tauma e Electra. Em contrapartida a Zeus, o qual possuía seu filho Hermes como mensageiro, Íris servia a Hera e aos homens, deixando sempre em seus caminhos um rastro multicolorido, o arco íris. A digimon possuía as mesmas funções, e sendo uma mensageira, conseguia transitar tanto pela terra quanto pelo mar, deixando também, um arco Iris por onde passasse. Um dos digiespíritos liberados por AncientIrismon é o de Zephyrmon, outro digimon que será mencionado nessa postagem, mais abaixo.


AncientMermaimon: Também um dos dez guerreiros lendários, seu nome vem da lenda das sereias (mermaid em inglês), seres várias vezes descritos com corpo de mulher e rabo de peixe, que cantavam melodias, no intuito de atrair aqueles que o ouvissem, para devorá-los em seguida. No desenho, é representada com um tridente, símbolo de Poseidon, instrumento com o qual ele controlava os oceanos.

AncientSphinxmon: Como acima, é um dos dez guerreiros lendários. Para aqueles que não possuem o inglês muito bom, sphinx em português é Esfinge. Apesar de no desenho a Esfinge parecer ser egípcia, ela também existe na mitologia Greco-romana, e vários historiadores defendem ser dela a fonte para a cultura egípcia. Tanto no Egito quanto na Grécia, era tida como um ser com corpo de leão com cabeça humana. No Egito, significava poder e sabedoria e servia para guardar as pirâmides e templos. Para os gregos, era também um monstro “sábio”, segundo se vê no conto de Édipo. A Esfinge estava aterrorizando o povo de Tebas, e desafiava os que por perto passavam a responderem um desafio, o famoso “O que tem quatro pernas de dia, duas pernas de tarde e três pernas de noite?”, e aqueles que não conseguissem acertar, eram mortos. Tal enigma é solucionado quando Édipo responde “O homem, pois engatinha quando pequeno, anda sobre duas pernas durante a vida e necessita de uma bengala na velhice.” Após ter seu enigma desvendado, a Esfinge se mata. É uma digievolução de Cerberumon.

AncientTroiamon: Também um guerreiro lendário, tem sua origem no cavalo de Tróia, item determinante para a glória grega sobre Tróia em tal guerra. Após dez anos de guerra, tal idéia vem de Ulisses, o estrategista da armada grega. Ele sugere a confecção de um cavalo gigante de madeira oco por dentro, onde seus homens pudessem se esconder. Assim como as artimanhas empregadas no cavalo original, AncientTroiamon também possui várias cartas na manga. É uma digievolução de Unimon.

Anubismon: Na mitologia egípcia, Anúbis é o deus dos mortos o qual depois é sucedido por Osíris. No desenho, ele guarda uma espécie de “pós-vida” digimon, onde os digimons bons poderiam escolher lá
permanecer ou renascer como ovos. É outra possível digievolução de Cerberumon.

Arkadimon: Seu nome vem da região grega Arcádia. Não existe nada de muito relevante sobre ele, a não ser o fato citado em Lycamon.

Arukenimon: Vindo de Aracne, mito outras vezes já mencionado aqui no blog. Aracne era uma mulher que se dizia melhor no tear que Atena, a própria inventora de tal arte. Elas começam a competição de tear, mas Atena mostra cenas tão estarrecedoras que Aracne pega uma de suas linhas e se enforca. Atena, ou tendo piedade da rival, ou para não deixá-la esquecer que não se deve desafiar e subestimar os deuses, a transforma em uma aranha, para que assim ela continuar tecendo suas teias para sempre. Em digimon,
Arukenimon é exatamente um digimon aranha, parte de um humano corrompido pelas trevas, que pode se transformar em humana.

BantyoLeomon: Sua figura nãi está relacionada à nenhum personagem mitológico, porém suas ações remetem à Atlas, titã filho de Jápeto e Climene. Após fracassar em comandar os exércitos dos titãs contra os deuses olimpianos, Atlas é punido por Zeus, sendo condenado a segurar o Céu em suas costas, para que ele nunca mais encontrasse a Terra, e com ela tivesse filhos. Participara do conto de Héracles, no qual ele quase escapa de sua tarefa, mas é ludibriado pelo herói e acaba voltando ao seu lugar, e no conto de Perseu onde, por ter desmerecido o herói, é transformado em pedra pela cabeça da Medusa, objeto o qual era carregado pelo herói. Em Digimon Data Squad, após os dois mundos colidirem, BantyoLeomon utiliza-se de seu DNA(no Japão chamado "digisoul" ou "alma digital") para não deixar os dois mundos colidirem. Logo após sua ação, ele acaba sendo petrificado, igual ao titã. Mais tarde, assim como no conto, BantyoLeomon é liberado de seu fardo, quando Craniamon aparece para segurar o digimundo no lugar do amigo.

Bastemon: Sua origem é egípcia, com base na deusa Bastet. Para os egípcios, Bastet era uma deusa com cabeça de gato, assim como todos os outros deuses, onde cada qual possuía corpo humano, mas cabeça de algum animal. Tal deusa era considerada deusa da fertilidade, protetora dos gatos e do amor materno. No Egito Antigo, era considerada a mãe do faraó e os gatos eram considerados reencarnações da deusa, motivo pelo qual eram bem tratados. No desenho, Bastemon é um digimon gato, em alusão à deusa.

Callismon: Proveniente da lenda de Calisto. Calisto foi uma jovem que atraíra o amor de Zeus, e juntamente, o ciúme e ódio de sua esposa, Hera. A rainha dos céus Resolve se vingar, e tão justa quanto sua natureza lhe permitia ser, transforma Calisto em um urso. A jovem fica desolada, pensando que a morte seria melhor que viver naquele estado. Certa vez, viu seu filho, e esquecendo-se de seu estado, correu a abraçá-lo. O filho, porém, incapaz de reconhecer a mãe, prepara sua lança, de modo a matar aquele animal que o ameaçava. Zeus vê tudo do alto, e impede que o sangue corra por tal família, elevando os dois aos céus, criando as constelações da Ursa Menor e Ursa Maior. Hera, enciumada, pede que Tétis e Oceano, duas divindades do mar, que não deixassem as constelações penetrar na água, fazendo com que as constelações girassem no céu, mas nunca penetrassem na água. No digimundo, Callismon é um digimon urso, representando a amante do senhor dos céus.

Cerberumon: Como o próprio nome já diz, é inspirado em Cérbero, o cão de três cabeças guardião do Hades. Ele impedia que as pessoas que não estivessem mortas passassem o portão do Hades, e adentrassem o reino, e apenas um conseguiu tal feito, Orfeu, em sua busca por Eurídice. Já Héracles, conseguiu domá-lo e levá-lo para o mundo superior, no último de seus trabalhos. Nesse conceito de morte, em Digimon Frontier, Cerberumon está corrompido pelo mal, sugando códigos do digimundo e encaminhando-o para a morte.

Cockatrimon: Nome proveniente do ser mitológico Cocatrice. Em várias versões é descrito como um réptil alado ou uma quimera (será explicado abaixo). Possui relação com o Basilisco (sim, o mesmo de Harry Potter) e a Medusa devido ao fato de possuir o mesmo efeito de quando olhado direto nos olhos, o de transformar qualquer ser em pedra. Pode também ser representado como um réptil com pernas e crista de galo. Em digimon, a criatura é representada como um galo que não sabe voar, e que transforma os digimons dos digiescolhidos em pedras.

Cupimon: Derivado do deus romano Cupido, o equivalente ao grego Eros. Deus do amor, na mitologia grega com controversas origens, mas idealizado como filho de Vênus e Marte na romana. Sempre foi uma criança, até o momento em que Marte pergunta a Têmis o porquê disso. A deusa responde que Eros continuaria assim enquanto estivesse na falta de um companheiro. Daí surge Anteros, representando a repulsa, o deus do amor não correspondido. Na mitologia greco-romana, o Eros filho de Ares e Afrodite possui um caso de amor com Psiquê, o mais famoso de seus contos.

Cyclomon: Em digimon, tal ser possuíra originalmente dois olhos, até que em uma batalha passou a ter só um, devido à um golpe. Seu nome se baseia no fato de o digimon ter apenas um olho. Na mitologia, os ciclopes eram gigantes de um olho só, primeiramente apenas três, filhos de Gaia com Urano, e consequentemente imortais.

Deltamon: Proveniente da 4ª letra do alfabeto grego. Talvez pela idéia de um triangulo e três lados, tenha surgido esse digimon, que é a fusão de outros três.

Dukemon/ChaosDukemon: não o personagem em si, porém seu escudo e ataque remetem à mitologia. No primeiro, seu escudo chama-se Aegis, o qual na mitologia foi o escudo feito por Zeus a partir da ninfa-cabra Amaltéia. Seu ataque, chamado Elísio final, remete ao local do submundo para onde eram levadas as almas que haviam sido boas durante sua estada na Terra. Já ChaosDukemon, possui o escudo Gorgon, remetendo também à Aegis, mas quando usado por Atena, pois é apenas depois que Perseu corta a cabeça da Medusa, que ela é incrustada no escudo de Zeus, o qual era amplamente usado também por Atena.

Gigasmon: Na mitologia, os gigantes eram filhos de Gaia, os quais vieram para suceder os deuses, após esses derrotarem os Titãs na Titanomaquia. Após a vitória olímpica, Gaia acorda e gera os gigantes a partir do sangue de Urano derramado por Cronos ao depor o pai. Tais monstros só seriam derrotados pelos deuses com a ajuda de um mortal, momento onde Héracles, antes de completar os doze trabalhos e subir ao Olimpo como um deus, ajuda. Gigasmon, por ser o guerreiro lendário da terra e por seu tamanho descomunal, é chamado assim em alusão à mitologia.

Harpymon: Como o nome e o digimon mostram, foram as Harpias a inspirarem a origem desse monstro digital. As harpias eram irmãs de Íris, mas ao contrário da deusa, um ser sutil, eram as personificações das rajadas de vento violentas. Eram comumente representadas com corpo de ave, com fronte e cabeça de mulher. Em digimon, tal representação é fielmente seguida, originando-se seu nome.

Holsmon: Esse digimon falcão tem sua origem baseada no deus egípcio Hórus. Hórus era o deus dos céus, o qual possuía cabeça de falcão e olhos que representavam o céu e a lua. Em uma luta, ele perde um dos olhos, e passa a usar um amuleto de serpente em seu lugar, conhecido como o Olho de Hórus. Em alusão ao fato do deus dominar os céus e ter cabeça de falcão em suas representações, foi criado Holsmon.

Justimon: Seu nome mostra tratar-se de um digimon que preza pela justiça. Sua relação com a mitologia vem de uma alusão à deusa Têmis, a deusa da justiça. Na mitologia, ela era comumente representada como uma deusa a qual possui os olhos vendados, mostrando que a justiça não vem sempre para aquele que a merece. Vem daí a origem da expressão "a justiça é cega". A representação do digimon, como um modo de fazer alusão à mitologia, é de um humanoide com um capacete, o qual tampa seus olhos.

Kentaurumon: Seu nome vem do grego “kentaurosou seja, centauro. A origem grega é mais confiável em tal caso, pois a portuguesa e a inglesa adaptaram o do do “k” para “c”. Na mitologia Greco-romana os centauros eram seres com a parte inferior do corpo de cavalo e a parte superior de humano, com inteligência as vezes bem superior à dos humanos, mas em certos casos, também bem inferior. Em digimon, Kentaurumon pertence à classe dos centauros inteligentes, ajudando Gennai, um ancião do digimundo com vários tipos de assuntos difíceis.

Kimeramon: Essa criatura criada pelo imperador digimon em Digimon Zero Two é composta por diversas partes de variados digimons, em uma tentativa de ser criado um ser perfeito. Na mitologia grega, a quimera era filha de Tifão e Equidna, irmã da Hidra de Lerna, do leão de Neméia e de vários outros monstros. Era tida com cabeças de leão, de cabra e de dragão, com corpo de leão e cauda de serpente.

Likamon: Sua origem já foi muito falada aqui no blog, vinda de Licaón, o rei da Arcádia. Era um rei que servira os deuses em sua casa, e, para testar se realmente o eram, serve a eles carne humana. Zeus, indignado, destrói seu palácio e Licaón começa a fugir. Em sua fuga, Zeus o transforma em lobo, criando assim o primeiro dos lobisomens. O curioso é a possível relação de vido ao fato de ser rei da Arcádia, pois em digimon, tal criatura só surge após a descoberta, por parte do personagem Neo, de que assim como Arkdimon, ele poderia criar novos digimons.

Lotusmon: É uma digimon inspirada nas flores de Lótus. Na mitologia, as flores de Lótus eram utilizadas por certas pessoas para que conseguissem iludir outras, fazendo-as perder noção do tempo e que se esquecessem do que era importante para elas. Ela também possuía a propriedade de despertar nas pessoas o desejo de permanecer na terra, e não mais querer voltar para casa. Em Percy Jackson é também mostrada uma outra propriedade do lugar em que se é oferecida as flores de Lótus, que é o fato do tempo não passar, podendo assim não envelhecer. A digimon, no caso, consegue confundir a mente dos inimigos com alucinações, nunca envelhece, e do caduceu em sua mão cura seus aliados, lembrando-se de que antes de Hermes, o detentor do caduceu era Apolo, o qual era, além de deus da música, da cura.

Minotaurumon: Sua origem vem do Minotauro, um cruzamento de uma mulher com um touro. No conto, Minos pede à Poseidon que o faça rei dos mares e em troca sacrificaria um dos touros de sua manada. Poseidon faz sua parte no acordo, mas na vez de Minos, o rei tenta enganar o deus e sacrifica um touro de segunda categoria. Com uma afronta dessas, Poseidon fica furioso e pede ajuda a Afrodite em sua vingança. Afrodite induz Pasífae, mulher de Minos, a amar um touro branco da manada do marido, o qual deveria ter sido sacrificado ao deus dos mares. Porém, como levar adiante esse amor sendo ela humana e ele um animal?Desesperada, Pasífae pede ajuda a Dédalo, o famoso construtor do labirinto do Minotauro, monstro que coincidentemente é filho da rainha. Dédalo cria um jeito de Pasífae se unir ao touro, uma espécie de vaca que permitisse, com Pasífae em seu interior, tal feito. Dessa união surge o Minotauro. O digimon é exatamente igual ao minotauro original, salvo o canhão no lugar de uma de suas mãos.

Nefertimon: Sua origem vem da rainha Nefertiti, uma das mais belas rainhas do Egito Antigo. Possuía alusão com a deusa Hathor, deusa egípcia do amor, da beleza e da maternidade. Os ataques de Nefertimon fazem alusão à cultura egípcia, sendo eles “maldição da rainha”, “pedra roseta”, "jóia do Nilo” e “laço do santuário”, sendo este último uma união com Pegasusmon. Suas digievoluções posteriores são Hippogryphomon e depois Gryphomon, duas criaturas inspiradas no hipogrifo e no grifo, respectivamente. O grifo era uma criatura com corpo de leão e cabeça e asas de águia, já o hipogrifo possuía o corpo de cavalo. O grifo provavelmente veio da babilônia, mas possui também origens gregas. O grifo, ao se cruzar com um cavalo, gera um hipogrifo, motivo pelo qual na evolução, Hippogryphomon está abaixo de gryphomon, como uma digievolução mais fraca.

Ogudomon: Proveniente da Ogdoada, um grupo de deuses egípcio composto por 4 deuses e 4 deusas, formando 4 casais.Em digimon, é feito uma mudança, e tal monstro é constituído por sete digimons do mal, com nomes baseado na religião cristã, cada um representando um pecado capital, e ele sendo o oitavo integrante de tal grupo.

Omegamon: Seu nome vem da última letra do alfabeto grego, mas não possui a mesma alusão de Alphamon, pois após Alphamon, é o primeiro dos Cavaleiros Reais.

Pegasusmon: Originário de Pegasus, o cavalo alado da mitologia grega, símbolo da imortalidade. Nasce do sangue da górgona Medusa, após essa ser decapitada por Perseu, mostrando sua natureza feroz. Pelo fato de Medusa estar grávida de Poseidon em tal momento, algumas vezes é considerado que Pegasus é também filho de Poseidon, o que possui lógica, tendo em vista o fato do deus dos mares ser também dos cavalos. Depois é domado por Atena, e montado por Belerofonte, o qual por desejar chegar ao Olimpo encima das costas do cavalo, acaba morrendo, quando Zeus manda uma vespa incomodar Pegasus, fazendo com que a criatura jogasse seu cavaleiro pelos ares. Em digimon, o monstro digital é exatamente um pegasus, sem nenhuma analogia a ser feita.

Pharaomon: Como a imagem já mostra, sua origem está no Egito, onde se mumificava os faraós mortos. Acreditava-se que os faraós eram encarnações dos deuses, um modo de governo absolutista. Com isso, o digimon foi criado, representado como um faraó mumificado saindo de sua tumba.

Phoenixmon: Um pássaro da mitologia grega, com penas douradas brilhantes e vida muito longa, a qual quando terminava, provocava uma combustão espontânea na fênix velha, para de suas cinzas outra nova nascer. Não existia apenas na mitologia grega, mas também na egípcia, romana, persa e outras mais. Em digimon, é a versão mais aprimorada dos digimons aves, com poder de purificar digimons corrompidos, um bom digimon para combater as trevas.

Sagittarimon: Originário do signo de sagitário, o qual vem de Quíron. Durante seu quarto trabalho, Hércules visita um centauro amigo seu, chamado Folos. Folos avista o herói quando ele se aproxima da montanha em que vive. O centauro convida o herói a comer em sua caverna. Hércules percebe que o amigo não o oferecera vinho para beber e ao dizer sua constatação ao amigo, ele lhe diz que normalmente não faria tal agrado, pois o vinho dos centauros é inigualável e que seus irmãos ficariam furiosos com um humano bebendo dele. Pouco depois de abri-lo, vários centauros chegam e ficam furiosos com a presença de Hércules em sua cova e pelo fato do vinho estar sendo oferecido a ele, e se armam contra o intruso. Quíron vem em defesa do herói, porém de nada adianta. A batalha começa, com os centauros jogando pedras e Hércules lançando suas flechas do alto, embebidas no veneno da Hidra de Lerna. Depois de um tempo, os centauros fogem, deixando à mostra a terrível situação: dentre todos os mortos, o imortal Quíron também havia sido ferido. Mesmo com seus conhecimentos medicinais, a dor não ameniza e o centauro pede a Zeus que tire sua imortalidade, para que pudesse morrer em paz. Zeus atende ao pedido, mas ao invés de deixar seu corpo ser levado pro Hades, ele o coloca nas estrelas, na constelação de sagitário. O digimon no desenho é um centauro, e uma de suas mãos possui um arco embutido.

Setmon: Na mitologia egípcia, Set era o deus da violência, traição, desordem, ciúme e derivados. Irmão de Osíris, era considerado a encarnação do espírito do mal. Era muitas vezes colocado como mal, como dito, porém representa melhor o grande sacrifício em prol da justiça, então não é muito bem compreendido. O digimon representa o animal Set, muitas vezes mostrado como um quadrúpede, numa junção de animais.

Unimon: Como o próprio digimon analyzer em Digimon Adventure diz, é um ser mitológico que consiste em uma mistura de pegasus com unicórnio. O unicórnio era um cavalo com um chifre no meio da cabeça, e era muitas vezes associado à pureza e à força. Dizia-se que o unicórnio só poderia ser domado por uma virgem, por ser pura. Talvez devido à um resquício de lenda, o Pegasus é domado por Atena, conhecida não só por ser deusa da sabedoria, mas também por ser uma das deusas virgens, ao lado de Héstia e Ártemis.

Weregarurumon: Vindo do inglês, a primeira parte de seu nome refere-se ao lobisomen (werewolf em inglês), cuja lenda já foi muito mencionada em outros posts, assim como nesse, em Likamon. Para poupar espaço, faço apenas a analogia. Com Garurumon como digievolução anterior, e ele sendo um lobo, a partir do momento que em sua digievolução ele passa a ser bípede, em uma mistura de humano com lobo, seu nome Garurumon passa a Weregarurumon com tal prefixo simbolizando a lenda dos lobisomens.

Zephyrmon: Nome proveniente do deus do vento oeste, Zéfiro. Filho de Aurora e Astreu, possuía como irmãos os outros quatro ventos, Bóreas, Nótus e Eurus. Sua aparência remete à uma harpia, personificação das rajadas de vento violentas. Quanto à história, ele é um dos digiespiritos liberados depois da morte de AncientIrismon, a digimon guerreira do vento, sendo Zephyrmon um digiespírito fera do vento.





Além disso...
Além das analogias acima citadas, há também as “óbvias” os chamados digimons deuses do Olimpo. É o grupo de digimons mais fortes que os normais, e cada nome derivado de suas características. Apenas oito estão aqui mencionados, pois os outros quatro não apareceram ainda na série.



Apollomon: Tem seu nome derivado do deus grego* do sol, e suas habilidades e poderes de combate aumentam quando este digimon está mais perto do sol. Seus ataques fazem menção à sua forma grega e romana, como Sopro de Phoebos (era mais comumente chamado de Febo Apolo pelos romanos) e Flecha de Apolo, por ser o deus grego arqueiro, ao lado de sua irmã gêmea Ártemis. Possui o poder de controlar o fogo.

Dianamon: Sua origem é Diana, a deusa romana da lua e da caça. É a forma mega de lunamon, uma referencia à sua esfera de controle na mitologia. Seu ataque Lança Crescente faz menção à fase crescente da lua, enquanto Flecha de Ártemis faz menção ao seu nome grego, a deusa Ártemis, que também é uma deusa arqueira da lua e da caça.

Marsmon: Originário de Marte, deus romano da guerra, correspondente à Ares. Tem o poder de controlar o fogo, assim como Apollomon.

Mercurymon: Vindo de Mercúrio, deus do comércio, viagens e roubos, com seu equivalente Hermes. Era o mensageiro do Olimpo, e o digimon possui tal nome por ser um dos mais rápidos do digimundo.

Minervamon: Proveniente da deusa romana da sabedoria e estratégia em batalha Minerva. Por na mitologia ser uma deusa virgem, no desenho é demonstrada como um digimon travesso devido à sua inocência de criança, apesar de na mitologia ela já ter nascida adulta armada para a guerra. O nome de sua espada é Olympia. Em sua contrapartida, existe Mervamon, uma provável versão sua mais amadurecida.

Netunomon: Baseado no deus romano dos mares Netuno, possui um tridente em forma de tubarão como arma e governa os oceanos do digimundo.

Venusmon: Na mitologia, é a deusa do amor sensual e da beleza, originada do esperma de Urano quando seus genitais foram lançados ao mar por Cronos. No digimundo, a digimon é cheia de compaixão para com os outros, e reina sobre o amor. Seus ataques não são ofensivos, e em toda luta ela tenta acalmar o adversário, pacificando seu coração.

Vulcanusmon: Baseado no deus ferreiro equivalente a Hefesto. O fato de possuir várias mãos e uma ferramenta em cada contribui para tal nomeclatura.

*Os romanos não possuíam um deus para o sol, e após conquistarem a Grécia, eles tomam Apolo como o deus do sol deles, motivo pelo qual Apolo é mais comumente considerado grego do que romano.




Créditos: Olympians BR